sábado, 12 de março de 2016

NÓS PRECISAMOS FALAR SOBRE CUBA.

Parafraseando o livro da escritora Lionel Shriver, acredito que “nós precisamos falar sobre Cuba”, assim como Eva Katchadourian no romance. Os revolucionários não se questionam quem Cuba matou, afinal, nunca tiveram a menor intenção de serem as mães do regime cubano.

Quem embargou quem? Poucos se questionam sobre isto. Vejamos onde tudo começou: os EUA eram um grande parceiro comercial de Cuba, mas, com a Revolução Cubana, várias propriedades de cidadãos americanos e empresas foram expropriadas pelo regime ditatorial cubano, o mesmo que aconteceu em 2006 com Eike Batista, que perdeu uns 60 milhões na Bolívia com a nacionalização e estatização das refinarias. Em resposta à expropriação, o governo americano começou as medidas de boicote, que somente se tornaram lei em 1992 com a Lei Helms–Burton, que somente foi aprovada em 1996 no governo de Bill Clinton e proibia cidadãos e empresas de negociar com o regime cubano, embora antes o pretexto fosse a violação dos direitos civis e a liberdade de expressão da população cubana.

Eu pretendo entender a lógica da revolução. Antes os problemas de Cuba eram a presença dos EUA e o seu imperialismo, mas na atualidade os problemas de Cuba são a ausência dos EUA?

O imperialista Bill Clinton proibiu que empresas americanas negociassem mais do que 700 milhões ao ano com o regime cubano e ainda, no final do seu mandato, liberou ajuda e negociação de produtos humanitários ao governo cubano. Cuba nunca foi proibida de negociar com outros países. Aliás, não somente nunca o foi, como sempre o fez, negociando com França, China, Brasil e demais países da América Latina e tendo os EUA como um dos seus cinco maiores parceiros comerciais. O Japão pode lhe vender carros e a Alemanha, eletrodomésticos. Onde está o problema maior então? Cuba não tem crédito e é uma péssima pagadora. Sem muita demagogia e sem rodeios: Cuba não tem nada a oferecer ao mundo economicamente, é uma ilha em que falta tudo. Vão receber dinheiro e ajuda em troca de quê? Médicos?


Vou lhes contar um fato sobre a revolução e suas implicações na economia. Era uma vez um empreendedor de cachorros-quentes que tinha minifranquias espalhadas por toda a Ilha. Um belo dia, desocupados revolucionários tomam o poder e com isso tomam os cachorros-quentes na tentativa de estatizar tudo. Qual a solução do governo revolucionário? Primeiro passo a criar o Ministério dos Cachorros-quentes e depois toda uma burocratização que quebra tanto o cachorro-quente quanto o ministério.

 Amigos, bem-vindos à primeira aula do que é revolução. Dentre os regimes socialistas, o mais esperto foi o Nazismo, que não quis se meter nessa confusão e burocratização desnecessária, mesmo sendo contra o capitalismo. Aliás, a educação e a medicina nazistas também eram uma maravilha e uma das melhores do mundo. Alguém aqui gostaria de ser educado no regime nazista?

Certos dados, sem um comparativo devido, não fazem muito sentido.



Um país que se fechou ao mundo faz 50 anos, que não tem bancos estrangeiros ou dinheiro circulando pelo mundo, e, o mais importante de tudo: não tem títulos que possam garantir investimentos e garantias de grandes empréstimos. Resultado: não produz tecnologia. Ou por acaso vocês acham que aqueles amontoados de carros velhos são figuração para um filme do James Jean?

Estamos falando de um país onde frutas e comidas se estragam em determinadas épocas do ano, simplesmente por não ter como transportar comida de uma região a outra devido à enorme quantidade de carros velhos e quebrados. Quem sofre com esse orgulho de uma ideia já vencida pelo mundo é o povo cubano, obrigado a conviver numa ditadura em que falta tudo, inclusive a dignidade do governo.

Cuba não será nenhuma grande potência mundial ou a nova esperança do mundo. Espero que não apenas abra o seu mercado, como repense os direitos civis dos seus cidadãos.

Adoro países em ditaduras. Mais ainda: quando as ditaduras acabam, esses países querem aproveitar ao máximo a criatividade de um povo. Coloque um povo dentro de uma ditadura! O cinema cubano é maravilhoso e o país já teve ótimos escritores. Espero que em breve apareça cinema, literatura e romances dessa nova fase da revolução cubana.

Outra coisa bem evidente nas ditaduras, quando chegam ao fim, é a transparência de gastos desnecessários e uma herança de corrupção. Com a URSS isso aconteceu e com Cuba não será diferente. O importante é o primeiro passo e, quem sabe um dia, apareça uma Comissão da Verdade Cubana e algumas justiças possam ser feitas, já que tudo em nome da revolução foi feito aos olhos de todos, começando com o fuzilamento de mais de 700 opositores do regime na primeira semana de inauguração do paraíso cubano, não esquecendo os milhares de gays segregados e mortos meramente pela sua orientação sexual, mas sabemos que a grande maioria acredita que o CAPETALISMO é que mata e excluí as minorias.

A ultima anedota sobre a ilha do rancor sem comida e sem amor foi proliferada pela historiadora Anita Leocádia Prestes, filha do Prestes que nasceu em um campo de prisioneiros em um dos país com um dos menores índices de analfabetismo da época e uma das medicinas mais avançadas do mundo,  ao afirmar que em Cuba existe uma democracia e inclusive eleições, citou que a
fonte é o Instituto Luiz Carlos Prestes, chega de Cuba por hoje.

HASTA LA DEMOCRACIA CUBANA SIEMPRE!


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