segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Duas medida liberais e uma socialista para fazer o turismo deslanchar no parque nacional da serra da capivara-PI

Recentemente a OAB resolveu exercer o papel de promotora do bem estar social (sic), bem ao estilo neoconstitucionalista, e conseguiu, por meio de uma ação civil pública, o repasse de 4 milhões da União e a execução de um plano de manejo para o Parque Nacional da Serra da Capivara- PI.
Obviamente que essa prática de boas intenções tem o efeito imediato de amenizar as angústias e a desesperança dos dedicados funcionários e responsáveis pelo parque. Contudo, sem os estímulos e incentivos adequados, nenhum socorro (ou muleta) tem o poder de garantir a sustentabilidade e produtividade dos serviços ali executados.
Elencamos, portanto, 3 medidas que tornem o complexo de turismo ambiental-arqueológico menos dependente da boa vontade de burocratas e políticos e que faça a população desempenhar atividades produtivas no local de forma autônoma.

1. Privatizar
Um dos grandes problemas orçamentários é concentração dos valores arrecadados com entradas em um fundo do ICMBio em Brasília. Uma guia chegou a recomendar que dissesemos na guarita que eramos habitantes locais, para pagar um valor menor. Os recursos não voltam para o parque.
Repassar a titularidade para os colaboradores que ali já atuam, e que demonstram ser capacitados e ter um notável zelo pelo local, garantiria o controle sobre a fonte de financiamento do parque, além de incentivar o gerenciamento de forma empreendedora.
Como costuma dizer minha vozinha: 'nada vai para frente sem o olho do dono'. E ' o que é publico não é de ninguém', também afirma ela em seus esporádicos devaneios anarcocapitalistas. As vezes eu me inspiro nela e penso também em dizer para os meus netos que 'ninguém cuida do dinheiro e dos interesses dos outros tão bem quanto dos seus próprios'. 

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2. Instituir uma zona franca para o setor de serviços de hotelaria e de turismo
Alguns milhões de reais foram desperdiçados na construção de um aeroporto internacional nas proximidades, com intuito de concretizar a expectativa de uma consultoria internacional de atrair alguns milhões de visitantes anuais.
O aeroporto continua sem o interesse das companhias aereas não apenas pelo momento econômico atual, mas principalmente porque nenhum destino costuma despontar sem o desenvolvimento de uma correspondente infra-estrutura de serviços.
Ao invés de sugar recursos de outro lugar para dar tamanho passo maior do que as pernas, muito mais promissor seria desonerar as empresas de turismo, restaurantes e hotelaria de forma a atrair os investimentos necessários. Como consequência o boca a boca dos blogs de viagem na Internet ( muito mais eficiente do que qualquer secretaria de estado de turismo) garantiria o crescimento orgânico de uma massa crítica de visitantes, suficiente para haver uma arrecadação própria com ingressos do parque.

3. Recuperar a estrada que faz a ligação com o aeroporto de Petrolina
Sem o estado é possível fazer estradas, mas, infelizmente, conceder a estrada à operação privada não traria os resultados adequados no tempo que se necessita. Assim uma via para o aeroporto mais próximo em Petrolina ( que já tem seu pólo turistico razoavelmente desenvolvido) permitiria uma sinergia equivalente ao que existe em Jericoacoara/ Fortaleza e Sao Luís/ Lençois Maranhenses. Todos com distancias similares ao aeroporto de entrada e com fluxo de turistas satisfatório.

Por Dhiego Xavier

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