segunda-feira, 22 de junho de 2015

Cuba e Cingapura: caminhos inversos

         
          No ano de 1959, Fidel Castro e Lee Kuan Yew assumiram o poder em seus países, Cuba e Cingapura, respectivamente.
Com a vitória do Movimento 26 de Julho (movimento revolucionário cubano), Fulgencio Batista foi deposto do poder, instalou-se o regime castrista em Cuba.
Em 1954, Lee  Kuan Yew auxiliou na fundação do People’s Action Party (Partido da Ação Popular). Lee foi eleito primeiro-ministro de Cingapura no ano de 1959, aos 35 anos. Vale destacar que em 1965 o país se tornou independente da Malásia. Cingapura contava com péssimos índices econômicos e sociais.
Em 1959, ano em que ambos os líderes assumiram o poder, Cuba era uma nação bem mais rica que Cingapura. Cingapura contava com pouquíssimos recursos naturais. A ilha cubana contava com uma forte indústria de turismo, além de possuir um importante comércio de tabaco, açúcar e café.
Cuba, hoje, é um país bastante pobre. O regime castrista ao tomar o poder, decidiu seguir o falido modelo comunista soviético. Já Cingapura adotou o próspero capitalismo de livre mercado norte-americano. Diferentemente de Cuba, Cingapura é um país rico.

A foto comparativa entre as duas nações fala por si só. Como eram Cuba e Cingapura em 1950, e como estão os dois países hoje.
Boa política fiscal, ênfase no livre comércio e impostos competitivos fizeram com que Cingapura deixasse o posto de terceiro mundo e se transformasse numa potência, um centro financeiro global, que hoje rivaliza com Nova Iorque, Londres e Suíça. Entre 1965 e 1990, ano em que Lee deixou o cargo de primeiro-ministro, o PIB (Produto Interno Bruto) per capita do país asiático cresceu em 2.800 por cento, o indicador pulou de 500 dólares para 14.500 dólares.

PIB per capita com base na paridade do poder de compra.
Cingapura (vermelho), Estados Unidos (azul) e Cuba (cinza)

Sob o comando dos irmãos Castro, a economia cubana se deteriorou, a iniciativa privada foi abolida e a taxa de pobreza é de 26 por cento. De acordo com a CIA’s World Factbook (publicação anual da CIA), o padrão de vida médio de Cuba permanece a um nível mais baixo do que antes do colapso da União Soviética. Seu governo está à beira da falência. Dos 11,3 milhões de habitantes de Cuba, apenas 5 milhões estão aptos a trabalhar, cerca de 45% da população. Só para fazer um comparativo, dos 5,4 milhões habitantes de Cingapura, 3,4 milhões (63%) estão aptos a trabalhar.
Por conta das políticas de livre mercado que Lee implementou, Cingapura está classificada em primeiro lugar do mundo no Ease of Doing Business list (Índice de facilidade de fazer negócios), feito pelo Banco Mundial. Pelo quarto ano consecutivo, o país ficou em segundo lugar no World Economic Forum’s Global Competitiveness Report (Relatório de Competitividade Global, do Fórum Econômico Mundial). A Heritage Foundation  classifica o país asiático como o segundo, em seu Índice de Liberdade Econômica. 
Enquanto isso, Cuba está na posição 177 na lista da Heritage Foundation, é a nação menos livre dos 29 países da América Central e da América do Sul. A ilha caribenha não consta no World Bank Group’s list, que conta com 189 economias mundiais.


Cingapura teve o terceiro maior PIB em paridade do poder de compra per capita.
Muitas empresas internacionais bem sucedidas surgiram e prosperaram no novo ambiente que Lee criou, sendo a Singapore Airlines a mais notável. Fundada em 1947, a empresa ascendeu para se tornar uma das mais rentáveis do mundo. A empresa tem sido reconhecida inúmeras vezes como a melhor companhia aérea do mundo, por dezenas de grupos e publicações.
Afinal, qual modelo seguir? O que resultou na riqueza ou o que resultou na pobreza? Sei que Cingapura não é um paraíso, apesar de existir liberdade econômica, existem restrições à liberdade civil. Só que em Cuba não existe nenhuma liberdade. 

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