quarta-feira, 17 de junho de 2015

Temos um potencial Carajás no Piauí. Você sabia?

Temos um potencial Carajás no Piauí. Você sabia? Tem dúvida?

“Localizado na região nordeste do Brasil, o Projeto Planalto Piauí tem mais de 1,0 bilhão de toneladas de minério de ferro magnético certificadas. Com a implantação do empreendimento, o Grupo Bemisa se torna uma das empresas pioneiras na extração mineral do Estado.”

Em tempos de crise, o governo não sabe o que fazer para não aumentar o número de desempregados, mas só no Piauí ele atrapalhou um investimento que empregaria apenas no período de instalação cerca de 4,8 mil pessoas direta e indiretamente, ampliando em cerca de 10% PIB (Produto Interno Bruto) do estado do Piauí.

Quando vejo cenas como essa, recordo-me da obra ‘’A Revolta de Atlas’’, escrita por Ayn Rand. O livro conta uma história semelhante a essa. Toda vez que somem empresários e as pessoas não sabem o que fazer, o seguinte questionamento é feito: ‘’Quem é John Galt?’’. No livro, as atitudes do governo levaram a economia a um colapso. Uma ferrovia, que é dirigida por um burocrata, faz com que investimentos e produtos essenciais acabem não chegando ao destino final. Enquanto os produtos pertencentes aos ''amigos do Rei'' são prioritários.

Como o projeto de mineração tem ligação com livro? De várias maneiras, a primeira é a influência do Estado na gestão de uma ferrovia. A Transnordestina, que hoje é presidida por um burocrata chamado Ciro Gomes, é responsável por um projeto elaborado em 2005, que pretendia ser entregue em 2010, mas a nova previsão é para 2017, porém a produção média de hoje na construção da ferrovia evolui 1% ao mês, com isso iria levar mais 50 meses para finalizar a obra, ficando pronta em 2019, mas a expectativa da companhia é que duplique a produção e fique pronta em dois anos, que soa no mínimo estranho pois como a obra encontra-se na metade do cronograma, já deveria está no pico da produção em 3 ou 4% ao mês, em vez de 1 ou 2%. 

Entrevista do Presidente da Transnordestina Ciro Gomes (Eliomar de Lima do Blog O Povo)

             A obra ligaria as regiões de agronegócio e de mineração ao porto de Suape (PE). O orçamento da obra saltou de R$ 4,5 bilhões para R$ 7,5 bilhões, a obra tinha como empreiteira inicial a construtora Odebrecht, que está envolvida no escândalo do Petrolão. A Odebrecht abandonou a obra em 2013, consumiu R$ 1,075 bilhão do contrato. A primeira questão que fica é quanto desse contrato pode ter ido para os cofres do PT. A Civilport acabou sendo contratada para finalizar a obra, mas a empresa já enfrenta dificuldades de greves e ameaças de prefeitos por falta de pagamento de tributos municipais.

A obra tem adiado o projeto para a instalação da mineradora, que estava previsto a iniciar extração de minério em 2016, que agora está previsto somente para 2018, pois a mesma não pode iniciar a construção, já que não tem como escoar sua produção, devido ao o clima de incertezas, o que acaba impossibilitando que o empreendimento se torne uma realidade. Outro setor bastante prejudicado é o Agronegócio, que movimenta a economia do sul do Piauí, e tem problemas para escoar sua produção com altos gastos transportando sua produção por rodovias em péssimo estado. O atraso da Transnordestina já foi tema da renomada revista britânica The Economist, o veículo inglês retratou o abandono da obra no Piauí, gerando atraso ao pobre estado do nordeste Brasileiro.

Estrutura da ferrovia no sertão do Piauí está abandonada com paralisação da obra (Foto: Patrícia Andrade/G1)

Ciro Gomes na diretoria da Transnordestina mostra a influência que o PT tem sobre a gestão da empresa. É uma prova de que o governo do PT não está preocupado com a geração de empregos, nem com a economia brasileira, colocando um burocrata para gerir uma empresa, que nada tem de gestor de empresas privadas, além de não contar com uma renomada história de vida empreendedora.

Uma das lógicas utilizadas pelos nossos governantes para defender a atuação do governo nos tais “setores estratégicos”, como é o caso da ferrovia Transnordestina, é a seguinte: sem o governo quem irá construir as ferrovias e estradas? Vale ressaltar que a primeira ferrovia construída no Brasil foi feita de forma totalmente privada pelo grande empreendedor brasileiro Irineu Evangelista de Sousa, mais conhecido como o Visconde de Mauá.





Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Irineu_Evangelista_de_Sousa




Nenhum comentário:

Postar um comentário