O posto de Papa garante ao seu possuidor um status e uma
responsabilidade incalculáveis. Hoje, quem o ocupa é Franscisco, um argentino
de ações humildes e alguma preocupação com o bem-estar mundial. Ser Papa hoje é
sinônimo de ser uma pessoa multidisciplinar, abrangente, que pode dar um
"pitaco" em todos os campos do conhecimento. Pode, mas não deve.
O problema com a pretensão do conhecimento é que a
ignorância intrínseca a ele é prejudicial. As
análises do pontífice, cristalizadas na referida encíclica "verde e
ambientalista", constituem um exercício de ignorância econômica. Ao mesmo
tempo em que defende o "fim da miséria" e a ascensão do
"desenvolvimento social" dos habitantes do Terceiro Mundo, Francisco
critica o "excesso de lucro" das empresas, referindo-se a este como
uma "distorção conceitual da economia", enfatizando o papel da
política para tornar a economia "mais justa".
O sistema econômico defendido pelo pontífice não só já existiu, como
ainda existe em países como Cuba, Vietnã e Coréia do Norte. O planejamento
central da economia não só eliminou o "excesso de lucro" das
empresas, como dizimou a iniciativa privada, as liberdades individuais e a
sociedade existentes sob esse modelo. Criticar o lucro é defender o retrocesso
da humanidade para esses tempos obscuros, onde reinava a plena igualdade social,
a fome e a repressão. Francisco pode até ter boas intenções em defender
"mais igualdade e menos lucro" - e eu acredito que suas intenções são
as melhores possíveis. Mas a teoria econômica séria já provou que instituições
como "mais igualdade e menos lucro" são incompatíveis com o desejo de
desenvolvimento humano.
Após a derrota do socialismo para o capitalismo, os esquerdistas se
travestiram de "ambientalistas" em uma nova tentativa de destruir o
capitalismo. Com o passar dos anos, o próprio tema virou sinônimo de ostracismo
e tem perdido respaldo até por pessoas que o simpatizavam. A lamúria
ambientalista é destituída do rigor puramente científico, como demonstra
respeitados estudiosos na mesma linha de Carlos Molion (UFAL), e descobertas
inconvenientes recentes, como o vazamento de e-mails forjados e manipulados por
ambientalistas da East Anglia só vêm a sepultar mais uma das muitas tentativas
de dominação esquerdista.
A guerra contra o esquerdismo não é mais de contato físico; é
cultural. Ganhar o apoio de uma das maiores celebridades mundiais, como o Papa,
é crucial para a implantação da cartilha vermelha esquerdista no intelecto das
massas. A história já demonstrou que o custo da ignorância é implacável.
Escrito por Kaique Mendes
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